Fernando Tolentino***
A frase " A crise na educação do Brasil não é uma crise , é um projeto " é atribuída ao saudoso Professor Darcy Ribeiro, fiel escudeiro do imprescindível Leonel Brizola na jornada de construção dos CIEPs do Estado do Rio de Janeiro .
Desde quando os discípulos do finado Olavo de Carvalho fizeram do MEC seu bunker, deram início a Guerra Cultural em um novo estágio do projeto de sabotagem da educação brasileira .
A Guerra Cultural, termo usado pelos reacionários que Bolsonaro tirou do armário, tem como campos de batalhas as escolas e universidades públicas . Professor é um potencial doutrinador no qual necessita ser amordaçado e o espaço físico das universidades passaram a promover balbúrdia.
Assédio moral e perseguição política crescem contra os profissionais da educação pública e as comunidades escolares desqualificam as escolas com denúncias que são tratadas pela administração pública conforme a inquisição da Santa Igreja de Roma.
Os capitães do mato da administração pública são a lei, o juiz, o promotor e o carrasco em uma espécie de Tribunal do Santo Ofício.
A consequência deste estado de coisas é o crescente adoecimento dos trabalhadores da educação pública. Escola particular comercializa elitização, então não é o mesmo que educação.
Ainda é possível esperançar e a organização institucional dos trabalhadores tem um potencial transformador neste processo. Divididos continuaremos a ser degraus para os protofacistas avançarem com seu projeto de submeter as crianças brasileiras às trevas da ignorância, da miséria, da fome e analfabetismo funcional.
Só a luta coletiva muda a vida !
Fernando Tolentino.
Dirigente do Sindserv-SBC e da Coordenação Estadual da INTERSINDICAL SP
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