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Foto do escritorAldo Santos

Pelo feriado nacional no Dia da Consciência Negra


Por: Aldacir Fonseca de Souza*



Pelo feriado nacional no Dia da Consciência Negra:

Vinte de novembro de 1.695: assassinato do líder Zumbi dos Palmares .



Vinte de novembro de 2021, 326 anos após, o povo Negro continua a luta por liberdade, com mais de 54,9 por cento da população do país, e não tem cidadania plena. Mesmo com a Constituição, em seu Artigo Quinto, afirmar que todos e todas são iguais, mesmo com a lei 7.716 de janeiro de 1989, conhecida como vai Cao, que define o racismo como crime resultante preconceito de raça, cor; praticar, insultar, induzir ou incitar pelos meios de comunicação. Com tudo isso, ainda vemos acontecer cotidianamente em na nossa sociedade, casos graves de racismo, em supermercados, lojas, shopping, e mesmo no parlamento, onde supremacistas brancos, insultam, vereadoras negras, inclusive com palavras ofensivas como “preta lixo”, numa demonstração de autoritarismo, colocando a pessoa como nada, uma vez que a iguala ao lixo.


Hora o que fazer se não continuar a luta de Zumbi, Dandara, Luiza Maim, Lélia Gonzalez, Abdias Nascimento, e tantos outros. Portanto para nos ativistas e militantes negros e negras, não há outra saída com mais de 133 anos de uma abolição oficial, mais que na prática ainda não aconteceu. E ainda vivemos nas grandes periferias das cidades, com baixo nível de escolaridade, sem emprego digno, sem moradia, sem saúde, e consequentemente fora dos bens produzidos por esta maioria tornada minoria pelos racistas.


Estamos no mês de novembro, mês da Consciência Negra; vinte de novembro, 326 anos do assassinato de Zumbi dos Palmares, do quilombo de Palmares na Serra da Barriga, Paraíba, que durou mais de sessenta anos. Vale lembrar que Palmares não era apenas um lugar de negros fugidos, mais uma Cidade-Estado, que travava uma luta contra o sistema monarquista, portanto, podemos afirmar que era uma cidade socialista, onde viviam negros, índios e brancos expulsos ou que fugiam das fazendas. Por isso a destruição de Palmares, bem como assassinato de seu líder maior era uma questão de honra para os colonizadores europeus, como Portugal, Espanha, Holanda, que além de assassinar o líder Zumbi, esquartejaram-no, espalharam as partes de seu corpo nas praças e penduraram sua cabeça, partes salgadas, demostrando todo requinte de crueldade. Portanto para nos ativistas e militantes negros e negras, a saída é a luta de raça e de classe . Luta contra o racismo, contra a opressão e a exploração de classe exercida por um sistema onde o lucro está acima das pessoas e da humanidade.


Viva Zumbi dos Palmares! Viva 20 de novembro!


*Aldacir Fonseca de Souza é ativista e militante do Movimento Negro, acadêmico de Filosofia, atuante dos Direitos Humanos.

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