A EDUCAÇÃO PÚBLICA SOB ATAQUE EM SÃO PAULO
- Aldo Santos

- 7 de nov.
- 2 min de leitura

ALDO DOS SANTOS!!!
A frase “A crise da educação no Brasil não é uma crise, é um projeto”, de Darcy Ribeiro, permanece mais atual do que nunca. O educador nos alertou que a precarização da educação pública não é fruto do acaso, mas sim resultado de um projeto político deliberado para manter o povo na ignorância e perpetuar as desigualdades sociais.
Esse “projeto” tem como objetivo impedir o desenvolvimento do pensamento crítico e da autonomia necessários para que o povo defenda seus direitos e participe ativamente da vida política e social do país.
A crise em São Paulo
Ao observarmos a situação da educação no Brasil — e, em especial, no estado de São Paulo —, somos levados a concordar plenamente com Darcy Ribeiro. Assistimos à execução de um projeto demolidor de exclusão, que afasta os filhos e filhas da classe trabalhadora das escolas públicas, condenando-os a uma vida de subemprego e desvalorização.
Segundo dados divulgados pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), em reportagem do portal Metrópoles, a Rede Estadual de São Paulo perdeu 11 mil salas de aula noturnas em apenas uma década. Somente em um ano, a rede estadual reduziu em 13,84% as turmas noturnas do ensino regular e da EJA (Educação de Jovens e Adultos) — a maior queda da década.
O fechamento dessas turmas é premeditado e tem como objetivo desmontar a luta histórica pela capilarização das escolas, que buscava garantir o acesso à educação perto das casas dos estudantes, contribuindo para a elevação do nível educacional e a erradicação do analfabetismo.
Expulsão de alunos e demissões de professores
Não podemos aceitar o desmonte da escola pública, a expulsão de milhares de alunos e a demissão em massa de educadores em todo o país, especialmente no estado de São Paulo.
Em São Bernardo do Campo, dezenas de escolas estão sendo fechadas, deixando comunidades inteiras sem acesso à educação. O secretário de Educação, Renato Feder, deveria ser demitido a bem do serviço público, assim como seus assessores e executores desse projeto privatista.
Plataformização e precarização
Como parte desse processo, a chamada plataformização da educação, imposta por Feder, tem excluído ainda mais os estudantes das salas de aula. O ensino remoto foi implementado sem estrutura adequada: escolas sem equipamentos, alunos sem acesso à internet e professores usando seus próprios recursos, energia elétrica e equipamentos pessoais para lecionar.
A falta de merenda escolar, de infraestrutura e de valorização profissional revela o abandono da educação pública. Trata-se de uma política que transforma o direito à educação em mercadoria e reduz o papel do Estado a mero gestor de plataformas empresariais.
Convocação à luta
Diante desse cenário, convidamos toda a população a reagir a mais este ataque à educação pública, democrática, laica e voltada para os filhos e filhas da classe trabalhadora.
É hora de unir forças — estudantes, professores, pais, mães e trabalhadores — em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade.
A luta vai continuar até o sol raiar!
Aldo dos Santos - Diretor Estadual da Apeoesp, Militante pelo pleno retorno da Filosofia, Psicanalista, Escritor e Membro da corrente política Enfrente!


A APROFFIB entrou com uma Ação Civil Pública pela redução do ensino de Filosofia e Sociologia da Matriz Curricular, Na mesma ACP, também denunciamos o fechamento de salas no ensino noturno e a redução do EJA.
Nas três instâncias em que correu o processo, as respostas foram evasivas, descaracterizaram a denúncia exigindo que fornecessemos provas, o que é um absurdo, pois, as provas só a Seduc tem.
Isso ocorre fortemente desde a assunção do PSDB em SP,agora vem aprofundando nesse sentido. É uma das razões que fui e sou contra a frente ampla