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É uma aliança tática!

Atualizado: 7 de jan.


Alberto Souza***


Que socialistas, revolucionários, se unam a Lula e o PT, para combater o fascismo e o neoliberalismo, é mais do que correto. É uma aliança tática, de determinada conjuntura.


Agora, cada aliado age segundo método próprio, de acordo com o projeto histórico que defende.


O social-democrata, por exemplo, com seu sonho de humanizar o capitalismo, aposta apenas em trazer o povo para eleições, noite e dia, e isso é sua centralidade.


Para o socialista ou comunista, a centralidade é outra, organizar o povo para a suas lutas econômicas, ideológicas e políticas, consciente de que não existe outro caminho para a conquista do socialismo.


Sobre o governo Lula, sua composição de classe, sua dependência de um Congresso que também governa, consoante os interesses que representa, nada se pode esperar muito além do que está acontecendo, ainda que sabemos que se a classe trabalhadora estivesse organizada para suas demandas , o quadro seria outro.


No atual estado de coisas, o mais importante foi a derrota do fascismo, conquanto parcial.


Do mais, em se tratando de alianças deve-se conhecer a natureza do aliado, não esperando dele o que não é dele.


Em regra, a política econômica de Lula segue a linha de sua Carta ao Povo Brasileiro, de 2002; seguida também por Dilma. Proposta apontando para um pacto social, mais ou menos declarado, quebrado em 2016, com o Golpe, rompimento de classes ratificado com a prisão de Lula em 2018, contando inclusive com a pantomima do STF.


Finalmente, o socialista, neste momento, fazer oposição ao governo seria um equívoco.


Renunciar ao seu método próprio, de quem luta contra o capitalismo, seria equivocar-se mais ainda.


Alberto Souza - Ex-vereador em sbcampo, sindicalista e educador popular.

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