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Racismo, uma engrenagem fundamental do capitalismo.


Por:Fernando Tolentino*


Quem nega que o racismo permeia nossas relações sociais é desinformado ou mal intencionado.

Humanos classificar seus semelhantes por etnia serve claramente para inferiorizar determinados grupos de pessoas com o objetivo do capitalismo explorar os inferiorizados.


O capitalismo é muito mais democrático que todos os movimentos identitários esquerdistas latino-americanos, explora todos que vendem sua mão-de-obra em troca de salário.A burguesia é muito perspicaz, tanto que já explora comercialmente a demagogia das narrativas políticas identitárias.

Enquanto isso, a esquerda chave de cadeia continua convicta que vai combater o racismo, machismo e homofobia com inovações no ordenamento jurídico brasileiro, como que se em nosso país o poder judiciário tivesse disposição para fazer justiça.

Conceitos como luta e antagonismo de classes, classe trabalhadora e consciência de classe são pouco citados pela militância político-partidária e sindical, por que a esquerda atualmente classifica a sociedade por gênero, orientação sexual, etnia e renda, enquanto a classificação por atividade econômica que divide-nos em classe trabalhadora e burguesia é considerada anacrônica.

Superar este estado de coisas não é uma tarefa fácil e por isso ações que vem sendo executadas são insuficientes: o debate sobre racismo, machismo e homofobia são relevantes e necessários porém insuficientes, principalmente se tratamos destas temáticas entre nós mesmos militantes de esquerda.


Acredito ser imprescindível colocar o ponto exatamente em cima do i e relembrar que a exploração capitalista acumula riquezas para poucos e produz miséria, fome e abjeção. No passado a escravidão foi usada para exploração capitalista e hoje existem muitos outros meios para o mesmo fim.

Se sindicato fosse ruim os patrões não organizavam suas entidades representativas patronais.

É tarefa fundamental dos sindicatos laborais promover a consciência de classe com objetivo de lutar contra a exploração capitalista, até porque se as entidades sindicais não ganhar as mentes e corações dos trabalhadores os patrões as conquistam.


Fernando Tolentino, dirigente do Sindserv-SBC e Intersindical ABC

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