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O MUNDO CONTINUA SANGRANDO


Prof. Luiz Eduardo Prates***



O mundo continua sangrando. E o sangue que corre é o sangue palestino. Na verdade, são milhares de sangramentos contínuos, dia-a-dia. O sangue das trabalhadoras e trabalhadores explorados pelos capitalistas e as empresas diuturnamente. O sangue da mãe terra explorada à exaustão em seus recursos para se tornarem ‘ativos financeiros’. O sangue das populações originárias, eliminadas para o avanço do ‘agro’. O sangue de ‘guerras localizadas’, mundo a fora.

Destas sangrias, decorrem milhares de outras, como a fome, a falta de moradia digna, a falta de recursos para cuidar da saúde, a falta de perspectivas de vida principalmente para os jovens, a dor de pais que tem que enterrar seus filhos perdidos para a violência e a luta contra as drogas e outras infinitas situações que ao invés de transformar a terra em um paraíso, a transformam em um vale de lágrimas. Isso porque assim é o capitalismo. Um sistema econômico, ou um modo de produção, necrófilo, que se alimenta da morte.

Porém hoje, a sangria mais urgente de estancar é a sangria do povo palestino, promovida pelo governo genocida de Israel. Sangria essa provocada com os mais extremados ‘requintes de crueldade’. Como o assassinato de pessoas na fila em busca de alimentação. O assassinato de mulheres que correm para acudir uma suposta criança que grita de dor, quando na verdade os gritos vêm de drones lançados exatamente para que essas mulheres saiam de suas casas para serem assassinadas. Como o sangue que corre de crianças que tem partes de seus corpos amputadas, na tentativa de salvá-las, sem anestesia porque o governo de Israel cortou todo o fornecimento de medicamentos. O assassinato deliberado pela fome ao cortar todas as formas de abastecimento de alimentos e água.  Enfim, não há como negar que o que ocorre hoje na Palestina é um genocídio e uma ação de extermínio de uma população inteira.

Mas os povos mentalmente sadios do mundo têm se levantado contra esse extermínio e essa violência inominável, essa sangria deliberada. Manifestações eclodem em todos os países em apoio à Palestina. Alunos de universidades norte-americanas param as aulas exigindo que o governo de seu país pare de apoiar e de enviar recursos financeiros e armamentos para Israel. Ativistas da Flotilha da Liberdade arriscam a vida para tentar romper o cerco e levar alimentação à população palestina.

E você? E nós? O que podemos fazer? Pequenos gestos, somados a milhares de outros pequenos gestos, podem ter efeitos significativos. É por isso que estamos promovendo e lhe convidamos a participar da Caminhada em Apoio ao Povo Palestino, neste sábado, dia 27 de abril, em São Bernardo do Campo. A concentração será na Praça Lauro Gomes, às 9 horas da manhã, e de lá partiremos até a Praça da Matriz, onde faremos uma manifestação. Como o que poderá sanar, pelo menos momentaneamente, essa sangria é o total isolamento de Israel no contexto das nações, exigiremos que o Brasil rompa todas as relações com Israel. O cessar fogo imediato. E o direito à autonomia e liberdade do povo palestino. O Comitê Regional Unificado do ABC em Defesa da Palestina convida: Venha com a gente!



Prof. Luiz Eduardo Prates  - Professor Universitário, com formação em Sociologia, Educação e Teologia, ex-pastor da Igreja Metodista. Pela compreensão de que no Brasil não haverá Revolução sem Religião, participante de vários partidos de esquerda e movimentos populares ao longo da caminhada.

 

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