Por: Alberto Souza .
O imperialismo age consoante conjunturas. Quando existe num determinado país um governo de esquerda ou de centro-esquerda, ele se junta às direitas locais, participando do processo golpista para derrubá- lo.
Para isso, conta com agentes seus, como Moro e outros ,no pais onde atua.
Depois, fica com o governo do golpe, por muito tempo ou não, a depender do quadro político. Se tal governo se tornar politicamente insustentável, aí, busca outra saída, sem riscos, como se deu em várias partes do mundo: no Chile, com a saída de Pinochet; na Indonésia, com a troca de Suharto; no Brasil, com Sarney como opção, e ,assim, mundo afora.
No caso de Bolsonaro, esta também pode ser a lógica. Enquanto ele for útil ao imperialismo, ao poder econômico, manter-se-á no Palácio do Planalto, com todos os seus crimes. Se entrar em estado de desgraça política, aí, cai, torna-se inconveniente aos próprios interesses que defende. E o imperialismo mobiliza seus agentes brasileiros por uma nova alternativa segura; rumo a um FHC da vida, por exemplo.
Claro, quando se fala de imperialismo, que fique explícito que merece destaque o americano, por ser o que tem mais de 700 bases militares espalhadas pelo Planeta para atacar povos em lutas pela sua soberania ; que tem a CIA, um organização internacional criminosa em constante conspiração contra governos progressistas, responsável, inclusive por grande numero de assassinatos de líderes políticos de esquerda em várias localidades da Terra.
Um dia, ficará evidente que esta organização esteve por trás do golpe contra Dilma e a prisão de Lula; como se deu em relação ao Golpe de 64: hoje: ninguém tem mais dúvida de sua participação na sua organização para depor Jango. Fato documentado.
Que a esquerda faça o seu trabalho de ajudar o povo a identificar seus inimigos, internos e externos.
Infelizmente boa parte da esquerda nem achava existir imperialismo.
O próprio Lula não acreditava nisso.
Alberto Souza: ex-vereador/sbc, militante dos Direitos Humanos.
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