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Nota de pesar

Atualizado: 7 de jul. de 2022



Dom Cláudio Hummes***

O Grupo Tortura Nunca Mais-SP manifesta sua consternação pelo falecimento no dia 4 de julho, aos 87 anos, do cardeal Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo.

Amigo do Papa Francisco, foi de Dom Cláudio a inspiração para o nome que o chefe supremo da Igreja Católica adotou. Dom Cláudio no momento em que soube da escolha do novo Papa sussurrou ao ouvido do cardeal argentino: "Não esqueça dos pobres" e foi assim que ele se lembrou de São Francisco de Assis e escolheu o nome de Francisco para seu Papado. Dom Cláudio era gaúcho de Montenegro onde nasceu (RS); em 1934, de família alemã. Foi ordenado sacerdote em 1958; em 1975 assumiu o episcopado. Foi bispo diocesano de Santo André (SP), Arcebispo de Fortaleza e Arcebispo de São Paulo. Como bispo em Santo André onde permaneceu durante 20 anos, defendeu a luta dos trabalhadores metalúrgicos. Chegou a defender os direitos dos metalúrgicos em discursos até dentro de fábricas. E acolheu os trabalhadores na Catedral da cidade em plena ditadura, época em que eram perseguidos. Depois de permanecer na região do ABC onde marcou sua vida religiosa pelo apoio aos mais vulneráveis, foi nomeado em 1996 para a arquidiocese de Fortaleza, retornando a São Paulo em 1998,nomeado arcebispo. Em 2001 tornou-se cardeal e foi servir no Vaticano como prefeito da congregação para o clero.


Ao voltar para o Brasil, em 2010, dom Cláudio passou a se dedicar à defesa dos povos indígenas e da Amazônia. Presidiu a Comissão Episcopal para a Amazônia, da CNBB, e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e já em 2021 a Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama). Discursando em Paris em 2015 na Conferência do Clima afirmou sobre os povos indígenas: "é preciso defendê-los, defender seus direitos e dar-lhes a possibilidade de serem protagonistas de sua história. Deles foi tirado tudo, a identidade, a terra, as línguas, sua cultura, sua história". Em 2019 foi relator do Sínodo para a Amazônia, realizado no Vaticano. O Grupo Tortura Nunca Mais-SP faz suas as palavras do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que em nota, declarou que, "dom Cláudio Hummes foi um ser humano engajado na defesa das causas sociais, dos mais pobres, dos missionários e missionárias, dos nossos irmãos indígenas e da Amazônia" e lamenta "a partida de um irmão tão querido e tão necessário, pelos seus exemplos e luta, ao nosso país e ao nosso planeta". Também compartilha as palavras do cardeal Dom Odilo Scherer que assim se manifestou: "Deus acolha em suas moradas eternas nosso irmão falecido, cardeal Cláudio Hummes, e faça brilhar para ele a luz eterna”.


O Grupo Tortura Nunca Mais-SP também aspira a que a vida de Dom Cláudio Hummes sirva de exemplo nestes tempos difíceis de violência e intolerância e que uma luz se faça brilhar em tempo breve para redenção de nossa Nação e de nosso povo .


Ariel de Castro Alves

presidente

Grupo Tortura Nunca Mais-SP


Vilma Amaro - diretora de Relações Institucionais

GTNM-SP


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