Editorial tendencioso e desrespeitoso

James Prado Gondim***

O editorial do Estadão hoje, dia 24/09/2025, mostrou-se, no mínimo, tendencioso ao relativizar a violência sistemática, promovida pelas forças de Israel e, em contrapartida , buscar desclassificar as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao fazê-lo, o jornal não apenas escolhe um lado, bem como ignora as assimetrias brutais dessa guerra, em que a população civil palestina, tem sido vítima de massacres, deslocamentos forçados e do uso da fome como arma de guerra em claro desrespeito aos direitos humanos.

Quando Lula afirma que, o que ocorre em Gaza, se aproxima de genocídio, não se trata de retórica vazia, mas de uma constatação que ecoa nos tribunais internacionais e em entidades de defesa dos direitos humanos internacionais, ao redor do mundo. O editorial, no entanto, tenta reduzir essa denúncia , à dimensão da política interna, como se fosse um capricho de protagonismo pessoal do Presidente, ignorando, deliberadamente, o contexto e o peso humanitário da fala.

A tentativa de desclassificar Lula, revela não apenas má-fé, mas um desprezo por princípios universais que deveriam ser inegociáveis tais como : a defesa da vida, da dignidade e do direito dos povos `a autodeterminação. Não se trata de “tomar partido” entre governos , mas de se reconhecer, que há uma diferença abissal, entre a força militar de um Estado e, a vulnerabilidade de uma população, sitiada e bombardeada.

Relativizar, esta realidade, é fechar os olhos para o sofrimento humano. Atacar Lula, pela denúncia do sofrimento infligido, é tentar calar uma voz que, representa a indignação de milhões , diante da barbárie. A história cobrará, aqueles que silenciaram e relativizaram as agressões desproporcionais, tal qual este jornal, o Estadão, que tenta distorcer a verdade em nome de interesse e conveniências escusas da política de extrema direita, não observando o compromisso com a verdade, que deveria nortear o Jornalismo.

É de dar asco !

São Bernardo do Campo, 24 de Setembro de 2025.

James Prado Gondim - #jornalismolivre