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O ITAMARATI E O FASCISMO NA VENEZUELA.

Foto do escritor: Aldo SantosAldo Santos

Alberto Souza***


Quando aconteceu a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, no Brasil, por uma nova ditadura civil-militar em nosso país, o governo da Venezuela e seu povo logo se manifestaram contra tal escalada neofascista, condenando com toda firmeza seus agentes.

Maduro e seu órgão diplomático máximo, em nenhum momento, acharam que levar para prisão e condenar judicialmente os criminosos fosse um desrespeito a direitos humanos; ao contrário, aplaudiram tais medidas de defesa da democracia brasileira e a punição severa dos neofascistas do Brasil.


Agora, quando o governo da Venezuela age com firmeza contra os golpistas de seu país, responsáveis pelo golpe de Estado de 2002, cometendo dezenas de assassinatos; crimes que continuaram a praticar ao longo dos últimos anos, destruindo vidas de apoiadores do chavismo, com apoio do imperialismo americano e de fascistas de outras plagas, como Milei, o governo genocida de Israel, Bolsonaro e tantos outros inimigos da própria humanidade, mundo afora, o Itamarati sai em defesa da oposição de ultradireita a Maduro, na prática, se recusando a condenar seus crimes incontáveis, entre eles, inclusive, pedir às Forças Armadas da Venezuela que partam para um golpe de derrubada do governo.


O que não foi nem seria tolerado no Brasil, resultando em prisão e condenação de golpistas, de quem atacou ou ataca a democracia em nosso país, em relação ao governo venezuelano, é tratado pela diplomacia brasileira como coisa de oposição democrática ao governo da Venezuela.


Mesma linha mantida sobre o governo genocída de Israel contra o povo palestino e governos como o atual da Argentino com seus ataques á democracia local e ameaça à paz sul-americana, tratados como "democratas".

Sem falar que nada é dito sobre o projeto neofascista de Trump.


O certo é que está mais do que claro que o Itamarati se alia aos Estados Unidos contra o governo da Venezuela. Ao invés de se opor a quem atenta contra a democracia e soberania venezuelanas, fica em defesa de quem age contra ela, desde os primeiros governos bolivarianos.


Está posição do Itamarati acaba levando o governo brasileiro para a ambiguidade: não rompe diplomaticamente com a Venezuela e, ao mesmo tempo, exige que Maduro tolere Corina Machado e outros criminosos do fascismo venezuelano.


O que se espera é que todas as forças de esquerda do Brasil não caiam na cantilena de um órgão pró-imperismo estaunidense, tomando posição clara contra todos os fascismo que ameaçam toda a América Latina.


O fascismo da Venezuela não é um fenômeno isolado. Está ligado aos de todo o Planeta.


Consciente disso, a Venezuela acaba de se tornar o centro latino-americano de combate ao neofascismo, de onde nasceu a Internacional Antifascista, com a participação de representantes da maioria dos países do mundo.


Que a esquerda exija em relação aos golpistas da Venezuela o mesmo que tem cobrado em referência aos brasileiros, aos criminosos do 8 de Janeiro.


Alberto Souza - Ex-vereador em SBCampo, Professor, Militante Sindical e Escritor.

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1 comentario


naoperes
naoperes
20 ene

Grande Companheiro Alberto! Sempre com suas análises certeiras!!

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