Por: Alberto Souza.
A maioria da população está contra a democracia capitalista. Vê nela uma farsa, com uma quase totalidades de políticos eleitos que de fato não a representam - salvo exceções do campo das lutas populares. Agentes do poder econômicos com linguagem de quem usa o voto do povo para ficar contra ele.
Não é por acaso que os que desistem de votar, ou destroem seu veto, estão se tornando cada vez um número crescente. E quem vota, em regra, vota no desconhecido, de intenções e projeto ocultos, só conhecidos por uns poucos endinheirados que vêem a maioria do povo, de trabalhadores e trabalhadoras, votar em seus serviçais.
E o pior de tudo é que, para a maioria das pessoas, baseada no que vê nas campanhas eleitorais , todos os candidatos e partidos, são parecidos ou iguais; já que, inclusive, candidaturas de esquerda evitam falar das verdadeiras causas dos problemas que afligem o município, estado ou União, o país. Todos procurando convencer a milhões de desempregados, de subempregados, de explorados pelos capitalistas, de que o problema do país é de caráter administrativo, de gerenciamento; nada estrutural, inerente a um sistema fundamentado na concentração, sem trégua , das riquezas produzidas pela maioria nas mão de uns poucos .
Praticamente, nem mesmo partidos e candidatos de esquerda, ao falar de eleições, dizem, por exemplo,que todos os recursos da administrarão pública estão direta e indiretamente privatizados, principalmente os financeiros, em poder de banqueiros.
Destarte, cada período eleitoral fica cada vez mais como a festa nacional da mentira, da venda de fantasias, da enganação.
Sem vê explicação para uma desordem em nome da ordem, o povo fica na verdade, contra uma democracia que nada faz pela solução de seus problemas.
E, em consequência desta insatisfação, sem consciência das reais causas de sua difícil situação, o mais grave pode acontecer: a mentira fascista a atropelar mente de milhões.
O 2018 foi o primeiro grande alerta, a eleição de um discurso de crimes.
Só a construção de uma nova cultura política, da luta contra o capitalismo, pode evitar que as vítimas dos donos do capital parem de ficar, inconscientemente, contra si próprias.
Uma luta a ser feita antes, durante e depois de períodos eleitorais.
No momento, a classe trabalhadora manifesta seu descontentamento com a democracia do capital, mas, de fato, não fica contra contra a burguesia.
A História e seus paradoxos.
Alberto Souza- Ex-vereador/sbc, militante dos movimentos sociais e Direitos Humanos.
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