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Desaparecimentos e mortes

Foto do escritor: Aldo SantosAldo Santos

Observamos que vem aumentando nas redes sociais os comunicados de mortes por corona vírus, e concomitantemente, venho percebendo o aumento de anúncio de pessoas desaparecidas.

Confesso que o que mais tenho digitado ultimamente é "Meus sentimentos a família enluta!".


Cresce a nossa preocupação com o aumento do número de pessoas contaminadas no mundo e em particular no Brasil, bem como o número de mortes, que já ultrapassou a casa dos 150 mil, vitimas do corona 19.


Como se não bastasse tanta tragédia, ainda assistimos o depaupero intelectual do presidente da República, que tem a cara de pau de mentir deliberadamente na ONU, discursando para seus correligionários que aparentemente acabam acreditando numa figura abjeta dessa.

Em relação ao aumento do número de pessoas desaparecidas, tudo pode estar ocorrendo neste universo de desencanto e falta de perspectivas, com a persistência e de certa forma a naturalização da morte em plena pandemia.


Outro dia eu ouvi um depoimento pelas redes sociais que me chamou atenção. Uma mulher com uma criança no colo afirmando que a mesma estava sendo divulgada como desaparecida, e ela veio a público esclarecer que estava tudo bem com ela e a criança, uma vez que estava cansada de ser vítima de manifestações agressivas da família e do marido e que estaria se libertando da situação de risco a que estava submetida. Uma corajosa, tentando começar a vida de cabeça erguida e com dignidade.


No ritmo que vai com o aumento cada vez mais elevado de números de mortes pelo corona, mesmo que subnotificados, o Brasil caminha para disputar com os Estados Unidos a liderança de campeão de politicas genocidas.


A vírus da necropolítica ronda o mundo, sentenciando de morte o pobre invisibilizado, que é submetido ao estafante trabalho para gerar ainda mais o acúmulo de riquezas para os capitalistas.

Os Dirigentes mundiais até ficam doentes, porém, com os melhores planos de saúde e tratamentos especializados, quase nunca perecem, diferentemente dos idosos, negros e pobres da periferia que são infectados e infectam familiares e muitas vezes, o fim é trágico.


O número de morte por corona no Brasil ainda está em torno de 700 mortes por dia e as pessoas levando uma vida quase que normal e até mesmo a mídia começa a secundarizar esta barbárie humana, entrando na lógica da predominância da economia como base fundamental, em detrimento do imperativo da vida como valor primordial.


Resistir e vencer é preciso!


Aldo Santos – Militante do movimento sindical e do Psol.

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OS TEXTOS PUBLICADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES

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