Continua o Genocídio em Gaza: cessem o massacre!
- Aldo Santos
- 26 de ago.
- 2 min de leitura
(Prof. Chico Gretter)*
O Estado de Israel, cujo primeiro ministro é Benjamin Nethanyahu, está cometendo o maior crime de guerra deste século. Um verdadeiro genocídio. O mundo inteiro se indignou com os aproximadamente 3.700 mortos nas Torres Gêmias em de Nova York, em 2002, mas comparativamente pouca gente fica indignada com as mais de 65.000 vítimas oficiais do massacre em Gaza, sendo mais de 20.000 crianças brutalmente mortas pelos bombardeios! E muitas estão morrendo de fome! Há mais de 150.000 mutilados em Gaza e na Cisjordânia! Massacre, genocídio, crimes de guerra!
Não é exagero repetir que este é o maior crime de guerra deste século que acontece diante do silêncio e da omissão pela maior parte dos países do mundo! O apoio total dos EUA a Israel é vergonhoso e igualmente criminoso! A inação dos países europeus é inacreditável. Os discursos do presidente Lula condenando o massacre são importantes, mas seria mais efetivo se o Brasil rompesse relações com o governo e o Estado de Israel, não com o povo Judeu. E há muitos judeus contra esse genocídio.
Antissionismo não é antissemitismo! Os sionistas, entre os judeus, não são a maioria, mas sua ideologia calcada na “grande Israel que vem desde o século XIX com Theodor Herlz e retomada efetivamente por Ben Gurion em 1948, com a criação do Estado de Israel, tomou conta do atual governo de B. Nethanyahu que é apoiado pelos sionistas em Israel, na Europa e nos EUA. Portanto, condenar o regime do governo Nethanyahu não tem nada a ver com antissemitismo. O próprio Breno Altman, jornalista judeu, explica muito bem isso.
Vergonhoso também é o apoio de "igrejas" neopentecostais ao Estado de Israel como sendo parte da profecia bíblica de que o “povo escolhido” por Javé tem o direito à “Terra Prometida” por seu Deus, povo este que se converterá ao cristianismo num futuro próximo, fazendo cumprir as profecias bíblicas do Reino de Deus e da “Nova Jerusalém”. Tal ideologia da “grande Israel” se expressa nas pregações de seus pastores e nas bandeiras de Israel em suas "marchas para Jesus", o que é um contrassenso à mensagem de Jesus Cristo que não foi aceito pelas autoridades religiosas de Jerusalém, tendo sido condenado à morte por se autonomear, segundo eles, o Messias anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Esses pastores e líderes religiosos que apoiam o Estado de Israel e confundem seus fiéis não seguem Jesus Cristo, mas Herodes! A “teologia do domínio” não é uma Teologia, mas uma ideologia de cunho fascista. Como disse o próprio Jesus: "Aí de vós, fariseus hipócritas"!
Vamos continuar lutando para que cessem este massacre criminoso do povo palestino em Gaza e na Cisjordânia!
*Prof. Chico Gretter: professor de Filosofia e História nas redes pública e particular por mais de trinta e cinco anos, mestre em Filosofia e História da Educação pela FEUSP, vice-presidente da APROFFESP.
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