Salve-me
- Aldo Santos

- 15 de jul.
- 1 min de leitura
Atualizado: 16 de jul.

Cris Oladeyi ***
Pele tingida de bronze
ou forçada mistura de cor
tem nome, não tem sobrenome
rica cultura, não tem valor
Rebentos da desigualdade
privados de liberdade
condenados por sua classe e cor
sonham em ser diferente
em um sonho inocente
de libertar sua gente
só que, desculturados
os seus sonhos são frustrados
pelos gigantes do mundo
que acreditam ser diferentes
comem sonhos inocentes
sugam desejos de gente
para mostrar o seu valor
fortalecem se desde criança
apagando toda lembrança
da igualdade que é lei
que deveria nascer com a humanidade
disseminam a desigualdade
se deitam no berço das vaidades
se deleitam com o sabor
que o desperta da humanidade
lave toda essa maldade
que só trouxe escravidão
há vários órfãos nas ruas
frutos da desunião
apagou-se a fé no coração
mortos vivos permanecerão
vamos olhar a verdade
Para haver emancipação
reconheça sua irmandade
para salvar a nação
Privado de liberdade
sem ter oportunidade
assim que cresceu seu irmão
divida o pão que alimenta a mente
e deixes de ser inocente
não sirva a corrupção!
que o crescer da criança
seja de oportunidade
e não dentro da prisão.
politica de qualidade
nos trará a liberdade
e será a solução.
Cris Oladeyi - (Cristiane Martins) mora na Cidade de Ribeirão Pires, mãe, avó, assistente social, poetisa, compositora e militante em defesa da população em situação de rua. Atua desde 2016 com foco nas mulheres e famílias marginalizadas. É autora publicada na coletânea "Escritores Inesquecíveis – Uma Trilogia: Solano Trindade, um Tributo". É conhecida pelo nome ancestral iorubá "Cris Oladeyi”, que significa aquela que vem com a sorte.


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