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Salve-me

Atualizado: 16 de jul.

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Cris Oladeyi ***




Pele tingida de bronze

ou forçada mistura de cor

tem nome, não tem sobrenome

rica cultura, não tem valor

Rebentos da desigualdade

privados de liberdade

condenados por sua classe e cor

sonham em ser diferente

em um sonho inocente

de libertar sua gente

só que, desculturados

os seus sonhos são frustrados

pelos gigantes do mundo

que acreditam ser diferentes

comem sonhos inocentes

sugam desejos de gente

para mostrar o seu valor

fortalecem se desde criança

apagando toda lembrança

da igualdade que é lei

que deveria nascer com a humanidade

disseminam a desigualdade

se deitam no berço das vaidades

se deleitam com o sabor

que o desperta da humanidade


lave toda essa maldade

que só trouxe escravidão

há vários órfãos nas ruas

frutos da desunião

apagou-se a fé no coração

mortos vivos permanecerão

vamos olhar a verdade

Para haver emancipação

reconheça sua irmandade

para salvar a nação

Privado de liberdade

sem ter oportunidade

assim que cresceu seu irmão

divida o pão que alimenta a mente

e deixes de ser inocente

não sirva a corrupção!

que o crescer da criança

seja de oportunidade

e não dentro da prisão.

politica de qualidade

nos trará a liberdade

e será a solução.


Cris Oladeyi - (Cristiane Martins) mora na Cidade de Ribeirão Pires, mãe, avó, assistente social, poetisa, compositora e militante em defesa da população em situação de rua. Atua desde 2016 com foco nas mulheres e famílias marginalizadas. É autora publicada na coletânea "Escritores Inesquecíveis – Uma Trilogia: Solano Trindade, um Tributo". É conhecida pelo nome ancestral iorubá "Cris Oladeyi”, que significa aquela que vem com a sorte.

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@ 2020 ABC DA LUTA 

OS TEXTOS PUBLICADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES

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