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Elaine Camilo*****
Quem pensar que estou vazia
quebre o vaso no chão e pinte
Os cacos de vinho
Quem achar que estou morna,
Ferva a água no sol e beba
De um só gole.
Meus pés estão empedrados,
Mas eu alço vôo junto aos pássaros
Se a dama da noite exalar seu perfume, queime suas dores no carvão
Quando meu cadáver for exumado, leve inseticida para as baratas.
Quando abrir-se a cova no chão, deixe-se cair na terra áspera.
Não, não! Isso não é mau agouro nem fantasmagórico enredo.
É apenas o seu dia, depois de levantar da cama.
Elaine Camilo, Profa de Literatura da rede pública estadual, moradora de SBC