Poesia, política e o cenário do julgamento do coração

 Nazito Pereira da Costa Junior***

Quero parabenizar todos os participantes do 1° Sarau do Cordão Mãe da Lua, cujo tema já é poético. Porém, além da poesia houve espaço político para falar do ato de desagravo ao professor Aldo Santos e da advogada Camila Alves. Foi mais um ato necessário para chamar à atenção e com todas as razões sobre a INJÚRIA e IMENSURÁVEL INJUSTIÇA feita contra pessoas dignas que não praticaram crime nenhum. Aliás, é uma VERGONHA que a justiça brasileira ou parte dela esteja praticando essa imbecilizada ação, contra pessoas que estavam fazendo justiça em favor de outras. Quero lembrar uma cena da mitologia egípcia. Na antiguidade egípcia os deuses julgavam os mortos de acordo com as suas ações (justas ou injustas) durante a vida. No momento do julgamento o coração do morto era pesado contra a pena de Maat. Se o coração do falecido tivesse seu peso igual à pluma, logo seria considerado justo e digno do paraíso; caso contrário, ele era devorado por Ammit (criatura com partes de crocodilo, leão e hipopótamo). Quem realizava esse julgamento no antigo Egito era o juiz supremo Osíris. Ele era super justo, pois julgava em conformidade com as ações de quem estava no Tribunal de Osíris. Sendo assim, desejo que esse tribunal inspire o juiz que fará o julgamento de dois trabalhadores e fiéis cidadãos brasileiros.

Nazito Pereira da Costa Junior - Professor do ensino fundamental e médio de Campina Grande-PB e do Estado da Paraíba. Atualmente doutorando pela UFS (Universidade Federal de Sergipe).