O silêncio que mata: a dor invisível dos nossos jovens
- Aldo Santos
- 18 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de fev.

Fagundes e Sueli Alves***
"A pior solidão é aquela que se sente quando ninguém nos entende." – Augusto C.
O suicídio de um jovem de 19 anos nos fundos de uma escola em São Bernardo do Campo escancarou uma dura realidade que insistimos em ignorar: a crescente desumanização da sociedade diante do sofrimento da juventude.
O choque, o luto e o trauma que marcaram professores e funcionários da escola naquele dia são apenas uma parte da tragédia.
O verdadeiro drama começa muito antes, no ambiente familiar, na intolerância e na falta de acolhimento que empurram tantos jovens para um beco sem saída.
Não se sabe ao certo os motivos que levaram mais um jovem, com um futuro imenso e promissor pela frente, a se suicidar. Mas uma coisa é evidente: estamos falhando enquanto sociedade. Como disse Viktor Frankl, “quando não conseguimos mais mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos.”
Precisamos urgentemente repensar nossas atitudes, nossas opiniões e o modo como lidamos com a dor do outro.
A cada dia, mais e mais jovens tiram a própria vida porque são rejeitados por suas famílias, que, sob justificativas religiosas ou morais, viram as costas para aqueles que mais precisam de amor e acessíveis.
Não é apenas uma questão de orientação sexual – embora essa seja uma das causas mais cruéis de exclusão dentro de casa. O desemprego, a pressão social, os relacionamentos e a desesperança constroem uma realidade sufocante, onde muitos não encontram apoio para seguir em frente.
É urgente que a sociedade abandone a postura de indiferença e passe a enxergar o sofrimento desses jovens.
Que as famílias compreendem que amar um filho é aceitar quem ele realmente é, sem importância que os condenem à solidão. Que espaços de acolhimento sejam criados, que a empatia prevaleça sobre dogmas, e que possamos, enfim, estender a mão antes que seja tarde demais.
O jovem que morreu atrás da escola não é um caso isolado. É um grito sufocado, um pedido de ajuda que ecoa diariamente nas sombras da nossa negligência. Até quando vamos fingir que não estamos ouvindo?
Professor Fagundes e Sueli Alves
Bela analogia,faz nós pensar mos e refletir mos o quanto nossa sociedade se faz necessário mudar.