O mercado
- Aldo Santos

- 24 de jul.
- 2 min de leitura

O sexo é sexo,
Mas o amor é foda pois promove
a união e derruba o poder que destrói uma nação.
Pensem!
Quantidade, é isso que te apraz;
Vaidade e ilusão, estes seres são soturnos;
O acúmulo, o vil metal, os deixam mais seguros.
Em seu quarto de bonecas hoje;
A orgia está certa.
Não sentem! É tanto fez, como tanto faz.
Se satisfazem com a semente;
Nem sabem o que elas sentem!
O seu sexo pervertido é doente;
Te contaminam, e você nem estava presente.
Desconhecem o que é o amor;
Eles se deleitam com o poder e a dor.
Dementes, despetalam, mais um botão de flor.
Vazios, não sabem quanto mal se faz!
Para os machistas, sentimentos são banais.
Tanta força desperdiçada;
Quem deveria proteger, pisa na flor que está jogada na calçada!
Quantas famílias exterminadas;
Disseminam sexualização, desunião, robotização, lobotomização;
É na alienação, te levam para a boca do Leão.
Ai que vem a decepção;
Sem consideração;
Todos os amores se vão;
Está sozinho e sem razão;
Foi preso dentro de sua ilusão.
Entenda! Ela não era uma fraquejada;
Reviraria o mundo para te tirar da calçada.
Eu não sei o que é, ou quem é pior,
Banalizou todos que o amavam;
E estavam ao seu redor.
Hoje se encontra sozinho, ao relento;
Descartável, sentindo-se um excremento.
É a lei do mercado, meu irmão;
Te levaram ao processo de interiorização.
Eles sabem que a união só nasce do amor;
E reivindicaremos direitos ao doutor;
E isso atrapalha a acumulação;
A prevaricação;
A exploração;
Armadilhas do poder;
Para o domínio da nação.
Cris Oladeyi - (Cristiane Martins) mora na Cidade de Ribeirão Pires, mãe, avó, assistente social, poetisa, compositora e militante em defesa da população em situação de rua. Atua desde 2016 com foco nas mulheres e famílias marginalizadas. É autora publicada na coletânea "Escritores Inesquecíveis – Uma Trilogia: Solano Trindade, um Tributo". É conhecida pelo nome ancestral iorubá "Cris Oladeyi”, que significa aquela que vem com a sorte.


Comentários