
Lúcia Skromov***
Manifesto do Palestinando
(Ato Cultural pela Palestina)
O Alto Preço Pago pela Palestina nesta Guerra de Libertação.
Que paz é essa? Uma paz assassinada por Israel? Já deveria ter sido assinada e não
assassinada, com a máquina de matar de Israel, desde muito tempo.
- 46 Mil Mortos: Esse número não dá conta dos desaparecidos e dos mortos sob os escombros.
- Feridos e Mutilados: Não dá mais para serem contados.
- Famílias destruídas: Mães, avós, crianças mortas a perder de vista.
- Órfãos: Impossível enumerar.
- Adolescentes: Sem escolas e sem perspectivas, perdidos em meio às ruínas de uma
sociedade destruída.
- Dois milhôes sem casa e fora de suas localidades à espera de um retorno para
reconstruir a partir de destroços.
- 15 meses de genocídio e, por fim, a máscara caiu. O mundo pôde ver como o demônio
genocida disfarça e mente e por que a Palestina reage.
- Cenário de 2023: Israelenses saindo às ruas, pedindo a cabeça de Netanyahu por
corrupção e pelo risco de o seu governo, com pretensão de plenos poderes, eliminar o poder
judiciário.
- Setembro de 2023: A coalizão de direita em Israel, junto com os EUA, costura
com os países árabes ricos um acordo de reconhecimento do Estado Sionista e de relações
de comércio, tentando rifar a Palestina, usando-a como moeda de troca.
- Desde 1948, o Estado Sionista ataca, assassina, expulsa os palestinos de sua pátria,
acusando-os de terroristas, quando é ele que destrói e implanta o Terror.
- Resistência Palestina. Desde então, o Povo Palestino vem reagindo, mesmo não
contando com a grande mídia, mostra ao mundo a sua real situação: poços de água cimentados pelos soldados israelenses, plantações de oliveiras cortadas, terras e casas tomadas à força pelos colonos judeus... entre tantos outros crimes contra a humanidade.
- 7 de outubro de 2023: as forças palestinas reagem à iminente extinção de seu povo e,
para que o mundo possa perceber o que acontece, invadem uma festa rave regada a drogas, numa zona ocupada, para onde se dirigiram playboys do mundo todo que compraram ingressos a preço de ouro, por internet. Esse era o negócio que movimentava o tal Kibutz.
- Hamas é um partido político: como estratégia, na zona em que governa (Gaza), une
os vários grupos políticos e armados, para defender a pátria, ameaçada de
desaparecimento.
- A Guerra é apenas pretexto para o Genocídio planejado: o exército de Israel
funciona como "fogo amigo", matando integrantes da festa para lançar um número
maior de mortos na conta do Hamas. E a matança sem tamanho se inicia.
- Hamaz fez reféns para trocá-los por prisioneiros palestinos: há milhares de
palestinos nas prisões israelenses, onde sofrem tortura, abusos sexuais, sem cuidados
médicos. A ONU calcula que, dentre eles, 160 são crianças e jovens, entre 8 e 18 anos.
Muitas morrem por inanição, doenças e maus-tratos.
- Sistema carcerário para palestinos superou o da prisão nazista: sistema todo
particular e inédito. Batizada de prisão "administrativa" , sem acusação, sem direito à
defesa e por tempo indefinido. O Estado sionista não abriu espaço a negociações:
* Netanyahu ignorou o sofrimento dos parentes dos reféns judeus.
- Trump e a Libertação dos Reféns: é promessa de campanha, não há como voltar atrás,
pois recebeu, para isso, a ajuda financeira de grupos judaicos.
- Trump e as Guerras: prometeu acabar com elas. O temor de uma nova crise e a inflação
interna levam os EUA a outras posições, fazem-nos repensar o valor do financiamento a
guerras e recuar na continuidade e no avanço das guerras.
- Na contramão: alas nazifascistas de Israel pressionam seu representante - Netanyanhu -
a seguir rumo à "Solução Final": a guerra e matança.
- Sinistro Netanyahu: a guerra o interessa. Ela já o salvou de enfrentar processos, de
sofrer condenações e perder o cargo. Enquanto a guerra existir, ele permanecerá no posto que
ocupa. *Saída patética: ele está entre a cruz (extrema-direita de Israel) e a espada (EUA), tentou
plantar a semente de o acordo não estar sendo respeitado pelo Hamas. Sem sucesso.
- Cessar Fogo: não há mais o que discutir; o patrão emitiu a ordem.
- Gaza está arrasada, mas saiu vitoriosa do confronto.
- A vitória é dos palestinos. Nenhum deles quer admitir, nem Israel, nem os EUA, nem a
Europa Ocidental e sequer as Autocracias árabes.
- As potências que financiaram e sustentaram a guerra pelo interesse no gás e no petróleo
da Gaza irão pagar pelo estrago?
- Reconstrução não é tarefa fácil, mas o mais difícil será lutar contra a intervenção
estrangeira. As potências vão querer impor condições. A lista é enorme!
- Autoridade Nacional Palestina: as potências pretendem usá-la para monitorar a Faixa
de Gaza. Essa é uma organização cuja autoridade é questionada e não legitimada como nacional, além de rejeitada maciçamente enquanto organização pelos palestinos, por sua
covardia ao não enfrentar a ocupação na Cisjordânia.
- A lista é longa e o combate será duro. Mas os palestinos são guerreiros.
*A Palestina não está só. *Estamos com ela. *Nós e o Mundo caminhamos rumo ao reconhecimento de seu Estado e de sua Nação
- Palestina Livre do Rio ao Mar!!
18 de janeiro de 2025
Lúcia Skromov
Ativista político-social Membro da Frente em Defesa da Palestina, do Grupo Pelas Crianças e Vítimas da Guerra na Palestina e do ABComitê Unificado em Defesa da Palestina
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