Aldo dos Santos+++
Atendendo ao chamado da CNTE, milhares de pessoas participaram da Greve Nacional da Educação, que dentre outros pontos da pauta de lutas, o engajamento pela Revogação do Novo Ensino Médio ganhou ainda mais notoriedade.
Em São Paulo, segundo os organizadores, 10 mil pessoas compareceram ao Vão Livre do Masp na Avenida Paulista e depois seguiram em caminhada até a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Foi uma atividade pacífica e não faltou indignação para com os governos e, particularmente, junto ao laboratório desenvolvido por anos pelo PSDB e agora frente ao ataque do novo secretário de Educação, o empresário Feder e do governo Tarciboso. Mas, não faltou muita disposição de luta a favor da educação brasileira.
A luta pela Revogação deste Novo Ensino Médio se justificaria só pela origem do governante, visto que a medida provisória e a lei que derivou da mesma, fizeram parte do governo ilegítimo/golpista de Temer, que além deste crime de origem, descaracteriza a educação básica, desconstrói os conteúdos pedagógicos e desorienta os estudantes em relação a concorrência nos vestibulares e no ENEM.
A greve do dia 26/04/2023 foi um aquecimento e indicativo de outras lutas necessárias, tais como: a luta contra a violência fascista nas escolas, contra a nova escravização dos professores/as na rede estadual de São Paulo, contra a desvalorização do magistério, e pela imediata Revogação do Novo Ensino Médio e da BNCC, dentre outras reivindicações.
Sinceramente, é muito motivador presenciar milhares de pessoas que foram às ruas em defesa da educação, além de outras milhares que só não foram por conta da violenta repressão e ameaças de desemprego como no caso do professor/a Categoria O em SP.
No calendário de lutas essa greve apontou com nitidez o caminho das lutas como fator determinante contra a classe patronal e opressora em todo mundo.
Participar, resistir e vencer é preciso!
Aldo dos Santos – Militante sindical da Apeoesp, da Aproffesp e Aproffib e educador popular.
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