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GUERREIRAS PELA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E O 2 DE JULHO.

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Alberto Souza***


Abrir mão de memorar as lutas de um povo é um dos maiores erros de quem luta pela sua liberdade. São muitas as lutas de nosso povo que não têm recebido a devida atenção, até mesmo pelas forças comprometidas com a mudança da realidade brasileira, inclusive socialistas.

Pouca gente no campo da esquerda a falar de lutas históricas da gente brasileira, como as revoltas populares conhecidas como Contestado, Pau de Colher, Coluna Prestes, Caldeirão e tantas outras.


E ainda mais grave: por tanto tempo, quase nada se diz do papel das mulheres em grandes lutas do nosso povo; a começar por índias em resistência cultural e outras ações contra o colonizador, que chegava armado de instrumentos metálicos e ideológicos, dizendo-se representante de um Deus superior, por isso, com direito a matanças físicas e espirituais, para ser dono de um mundo sem dono.


Depois, Dandara, com seu exemplo de guerreira de Palmares, doida pela sua liberdade e de seus irmãos e irmãs de cor.

E como a história é marcha, é movimento, vem o momento de outras batalhadoras pela liberdade: Maria Quitéria, Maria Filipa e Joana Angélica, todas por um Brasil liberto do dominador português que, armado de armas das mais modernas e sofisticadas possíveis para a época, dispunha-se a ao vale-tudo ,para que nosso país não fosse além do famoso "O Grito".

E o 2 de Julho acontece, o Brasil fica independente de um colonizador de séculos.

Uma vitória pouco trazida à mente de nosso povo, propositadamente, deixada de lado pelos escribas da classe dominante. Uma vitória com a participação decisivas de três guerreiras, mulheres da nossa história de lutas por outro mundo.


Felizmente, o 2 de Julho vem sendo revelado como de fato foi, a façanha de homens e mulheres para que o Brasil de fato se libertasse de um colonizador de séculos de dominação de seu povo.


Resgatar o 2 de Julho é tirar do ocultamento Maria Quitéria, Maria Filipa e Joana Angélica, ocultadas no ocultamento de tanto tempo de uma das lutas mais importantes da nossa história..


Felizmente, hoje, no lugar do silêncio sobre as três guerreiras do 2 de Julho, a inspiração das guerreiras atuais em seus exemplos, por um Brasil de igualdade social e econômica entre homens e mulheres, e pela morte de todas as formas de exploração material e espiritual.


Uma companheira do movimento sindical em Salvador me dizia com emoção: "em todas as lutas de que tenho participado, vejo, ao meu lado, as três guerreiras do 2 de Julho. Mulheres imortais."


Alberto Souza - Ex-vereador SBC, Sindicalista e Escritor.

1 comentário


Rita Palladino
Rita Palladino
03 de jul.

De todos os apagamentos que vivemos, talvez os mais cruéis sejam os das mulheres, que lutam por todos, mas que têm poucos lutando por elas

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@ 2020 ABC DA LUTA 

OS TEXTOS PUBLICADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES

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