Em São Bernardo do Campo, Professores/as derrotam projeto de militarização nas escolas.
- Aldo Santos
- 29 de abr.
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Sergio Linhares Hora***
“Lutar quando é fácil ceder / Vencer o inimigo invencível / Negar quando a regra é vender / Sofrer a tortura implacável...”
(Sonho Impossível – Chico Buarque/Ruy Guerra).
Em São Bernardo do Campo, Professores/as e movimento social Derrotam Projeto de Militarização nas escolas.
Mesmo atingindo a meta governamental de cerca de 100 escolas militarizadas a partir do segundo semestre do corrente ano, em São Bernardo do campo existia em torno de 9 escolas na lista para serem militarizadas.

Neste sentido, em São Bernardo do Campo, a educação pública venceu mais uma vez. Professores e professoras, organizados e determinados, em conjunto com a comunidade escolar, movimentos sociais e com o apoio decisivo da subsede da APEOESP, derrotaram o projeto de implantação de escolas cívico-militares no município.
Essa conquista prova que, quando educadores e sociedade civil se unem em defesa da democracia, nenhuma tentativa autoritária consegue se impor.
A mobilização foi forte, consciente e plural. Dois atos marcaram essa jornada de resistência: o primeiro, realizado em frente à Diretoria de Ensino, levou o grito de indignação e esperança diretamente aos gestores estaduais. O segundo, de grande força simbólica, ocorreu em frente à Escola Estadual Vladimir Herzog, que se transformou em um marco da resistência democrática. Nesse ato, com a presença da família de Vladimir Herzog, da comunidade escolar e de diversos movimentos sociais, reafirmou-se o compromisso inegociável com os direitos humanos e uma educação que forma cidadãos críticos e livres.
A tentativa de militarizar as escolas foi rechaçada por quem vive a realidade escolar todos os dias. Aos que foram derrotados, fica o recado claro: não se impõem projetos autoritários à força. É preciso ouvir, dialogar e respeitar quem constrói a escola-professores, estudantes, famílias e toda a comunidade.

A todos que lutaram com coragem e firmeza — professores, funcionários, estudantes, familiares e militantes sociais, nosso mais profundo reconhecimento.
A luta travada em São Bernardo do Campo não é apenas local: é símbolo da resistência nacional por uma educação pública, democrática e transformadora.
Nossa luta vai continuar contra a militarização das escolas e sua filosofia positivista opressora.
Sergio Linhares Hora - Professor da rede pública Estadual e Municipal, membro da Apeoesp - Subsede São Bernardo do Campo, Presidente do Instituto Vida de Direitos civis e ecológicos.
Parabéns a todos da educação contra o.....
...........................FACISMO......
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