Por: Heba Ayyad***
Outro dia ,
veio e foi embora.
Ainda assim, você ouve aquela música distante:
"Minha pátria, minha pátria!"
E o sol da manhã
traz notícias para uma terra santa;
Do grito de guerra de um recém-nascido
e o último adeus de um mártir.
E as armas
vai inspirar uma criança
escrever uma carta
no sangue de seus pais.
Para aqueles que matam
Mas ainda não venceu:
Para o ocupante,
Você pode
Adornam nossos corpos
com buracos de bala.
Aprisionar nossos jovens
e desloque o nosso velho.
Quebre os ossos
das nossas casas de concreto.
Recolha as lágrimas de nossas mães
Coloque nossos filhos para dormir
para a canção de ninar dos drones.
Ainda,
As crianças vão brincar
Nos campos de papoulas vermelhas,
E a mãe vai rezar.
Nossas casas ficarão quebradas,
mas alto.
A juventude vai sonhar
E o velho vai se lembrar.
Nossas almas cantarão
Mesmo quando nossos corpos caem:
"Minha pátria. Minha pátria."
Um povo estrangeiro,
nunca vai entender
porque nos orgulhamos de nascer
com pedras em nossas mãos.
Como nossas amadas oliveiras;
Nós fomos plantados nesta terra
antes do tempo.
Palestina,
permanecerá um ventre
e uma sepultura;
Para aqueles homens livres
Para dar os primeiros passos
para a liberdade
e seu ultimo suspiro
Na vitória.
As papoulas vermelhas sempre vão florescer
E nossas almas continuarão cantando:
"Minha pátria. Minha pátria."
Heba Ayyad - Jornalista, Poeta e Escritora
Muito forte! Mas, lindo! Apesar de tudo o poema fala em esperança. O povo palestino é o maior exemplo de resistência.
Ontem de manhã vi um vídeo sobre uma operação da polícia militar na favela do Jacarezinho no Rio de Janeiro, o André Constantine que mostrava o vídeo, flagrou crianças atirando pedras na polícia e comentou: a Faixa de Gaza é aqui!!! É exatamente isso, a polícia atira a esmo, morrem inocentes, propriedades são atingidas, a população vive assustada, as crianças aprendem cedo a proteger a própria vida.
Guardadas as devidas proporções, temos uma pátria, mas não temos o primeiro de todos os direitos: O direito à vida!