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Foto do escritorAldo Santos

E o sol da manhã




Por: Heba Ayyad***



Outro dia ,

veio e foi embora.

Ainda assim, você ouve aquela música distante:

"Minha pátria, minha pátria!"


E o sol da manhã

traz notícias para uma terra santa;

Do grito de guerra de um recém-nascido

e o último adeus de um mártir.


E as armas

vai inspirar uma criança

escrever uma carta

no sangue de seus pais.

Para aqueles que matam

Mas ainda não venceu:


Para o ocupante,


Você pode

Adornam nossos corpos

com buracos de bala.

Aprisionar nossos jovens

e desloque o nosso velho.

Quebre os ossos

das nossas casas de concreto.

Recolha as lágrimas de nossas mães

Coloque nossos filhos para dormir

para a canção de ninar dos drones.


Ainda,

As crianças vão brincar

Nos campos de papoulas vermelhas,

E a mãe vai rezar.

Nossas casas ficarão quebradas,

mas alto.

A juventude vai sonhar

E o velho vai se lembrar.

Nossas almas cantarão

Mesmo quando nossos corpos caem:

"Minha pátria. Minha pátria."


Um povo estrangeiro,

nunca vai entender

porque nos orgulhamos de nascer

com pedras em nossas mãos.

Como nossas amadas oliveiras;

Nós fomos plantados nesta terra

antes do tempo.


Palestina,

permanecerá um ventre

e uma sepultura;

Para aqueles homens livres

Para dar os primeiros passos

para a liberdade

e seu ultimo suspiro

Na vitória.


As papoulas vermelhas sempre vão florescer

E nossas almas continuarão cantando:

"Minha pátria. Minha pátria."


Heba Ayyad - Jornalista, Poeta e Escritora

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1 Comment


naoperes
naoperes
Feb 11, 2022

Muito forte! Mas, lindo! Apesar de tudo o poema fala em esperança. O povo palestino é o maior exemplo de resistência.

Ontem de manhã vi um vídeo sobre uma operação da polícia militar na favela do Jacarezinho no Rio de Janeiro, o André Constantine que mostrava o vídeo, flagrou crianças atirando pedras na polícia e comentou: a Faixa de Gaza é aqui!!! É exatamente isso, a polícia atira a esmo, morrem inocentes, propriedades são atingidas, a população vive assustada, as crianças aprendem cedo a proteger a própria vida.

Guardadas as devidas proporções, temos uma pátria, mas não temos o primeiro de todos os direitos: O direito à vida!

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