Por lockdown, auxílio emergencial municipal e vacinação para todos!
A pandemia de COVID-19 atinge sua pior fase no Brasil, já são mais 290mil brasileiros e brasileiras mortos pelo vírus no país. A média de mortes tem batido recordes diários e já atinge o assustador número de quase 3 mil pessoas mortas por dia.
Em todo país, o sistema de saúde entrou em colapso. Não há mais capacidade de atender todos os doentes. Além da falta de leitos, a falta de profissionais e medicamentos ameaçam agravar ainda mais a situação. A vacinação em massa, que poderia estar salvando milhares de vidas, até agora sofre com a falta de gestão do Governo genocida de Jair Bolsonaro no combate à pandemia.
Na região do ABC e em São Bernardo do Campo a situação da pandemia não é diferente, a cidade se aproxima de ter 1700 pessoas mortas pela COVID-19. Os sistemas de saúde público e privado da região entraram em colapso e estão com taxas de 100% de ocupação, com doentes na fila aguardando vagas. Até agora, pouco mais de 24mil pessoas conseguiram tomar a segunda dose da vacina e estariam imunizadas. A maioria da população segue sem imunização, arriscando-se em transportes públicos e aglomerações; a taxa de isolamento social na cidade tem sido de apenas 45%.
A prefeitura tem adotado medidas importantes de restrições no município visando evitar a circulação de pessoas. Mas o fato de que a taxa de isolamento não passa dos 50%, expressa que as medidas são insuficientes. A baixa taxa de isolamento social também reflete a falta de políticas para movimentar a economia municipal.
Dirigido por um presidente negacionista e genocida, o país vive uma crise social sem precedentes. Essa crise atinge também todas as cidades do grande ABC. Em especial, nossa cidade, que já sofria com o aumento do desemprego, agravado ainda mais pelo fechamento da FORD e de outras empresas do setor industrial e de serviços.
A situação da população mais pobre de São Bernardo do Campo é gravíssima. Mas, mesmo diante da crise sanitária e social, o Prefeito Orlando Morando decidiu fechar programas sociais que contribuíam como renda para população, tais como: o PROOAT (frente de trabalho); o PEAT (jovem aprendiz); e fechamento da Fundação Criança com demissões dos funcionários. A população mais pobre também já enfrenta dificuldades para novas inclusões no Bolsa Família. Não podemos aceitar a destruição de políticas de assistência em plena pandemia.
O negacionismo, o desemprego e a falta de uma renda mínima são catalisadores de uma tragédia. É preciso ter ações municipais e regionais imediatamente, pois o fim do auxílio emergencial colocou milhões de brasileiros e brasileiras na miséria.
O novo "auxílio" de em média R$250,00 que o governo federal tem anunciado está longe de garantir as condições mínimas, para que a maioria da população consiga se proteger do vírus e está previsto para entrar em vigor somente a partir do mês de abril.
Nós, do PSOL São Bernardo do Campo, defendemos o Lockdown para salvar vidas, mantendo todas as atividades não essenciais fechadas, mas é necessário ter políticas municipais de geração de renda mínima para população da cidade. Assim, além da compra de vacinas pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, é preciso criar as condições para que a população consiga de fato fazer isolamento social.
Por isso, nós defendemos que a prefeitura e Câmara Municipal apresentem e votem um projeto de renda emergencial para a população mais pobre da cidade, além de outras ações, como reajustar o auxílio alimentação, por exemplo. É o momento de preservar a vida, fazer lockdown, com renda emergencial para os mais pobres e vacinação para todos.
São Bernardo do Campo, 24 de março de 2021.
Partido Socialismo e Liberdade(PSOL) - São Bernardo do Campo
EXECUTIVA DO PSOL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.
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