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Ao divulgar nos grupos de Whats, nas redes sociais e nas linhas de transmissão para todo Brasil, a reportagem de autoria do Jornalista Dogival Vieira, publicada no AfroPress (agência de notícias), os comentários foram de muita indignação, revolta com a dita “justiça brasileira”, bem como muita solidariedade e até mesmo propostas de organização de vaquinha para sanar de uma vez por toda a dívida para com este processo.
Este processo teve início em 2003, numa ocupação do MTST ao terreno da Volkswagen do Brasil, em frente a própria empresa, situada ao lado da Via Anchieta em Sbcampo. Hoje existe no local um potente depósito das casas Bahia.
Até então, foi considerada a maior ocupação urbana do Pais, envolvendo direta e indiretamente mais de 10 mil pessoas em busca desesperada pela moradia popular.
A reportagem descreveu os fatos de forma contundente, escancarando a realidade que levou a condenação do Professor Aldo Santos e de Camila Alves, à época, coordenadora de referido movimento denominado pelos ocupantes de Santo Dias, em memória ao metalúrgico assassinado com um tiro na barriga em 30 de outubro de 1979, em frente à fábrica Sylvania, na zona sul de São Paulo.
Corroborando com os indicativos da reportagem, muitas declarações dando conta que de fato, na inviabilidade de outras propostas exequíveis ou não, a ida a Brasília foi acolhida com simpatia.
Por mais que se queira dar viabilidade ao referido pagamento, entendemos que este caso deve ser objeto de pautas junto aos movimentos sociais, com a realização de atos contra a prepotência da justiça brasileira, abaixo assinados para juntar a representação protocolizada pelo escritório do Dr. Ariel, na Organização dos Estados Americanos, na ONU, além de estender essas manifestações em apoio a toda forma de condenação aos movimentos e lutadores/as sociais.
Repudiar integralmente a sentença proferida pelo ministro Alexandre de Morais, como consta em recente manifestação do Ministério público, onde, Aldo Josias dos Santos (condenado à suspensão dos direitos políticos por cinco anos, ao pagamento da multa civil na quantia de dez vezes o valor da remuneração por ele percebida como agente politico na época dos fatos e à proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos) e Camila Alves Cândido (condenada a pagar indenização pelos danos causados à ordem social e urbanística no valor de R$ 5.000, 00 destinado ao fundo de reparação de interesses difusos). Segundo planilhas atualizadas o executado Aldo Josias dos Santos, a multa hoje é de R$ 1.034.647,43 e a executada Camila Alves Cândido, o total devido com multa é de R$ 60.052,35. Consta ainda que, “sendo assim, e diante do lapso de tempo decorrido, apresento planilha atualizada de débito e requeiro a penhora de bens dos executados via sistemas SISBAJUD,INFOJUD, RENAJUD e ARISP”. (Documento datado de 22 de abril de 2024)
Não se trata somente solucionar um caso em detrimento dos demais, devemos sim organizar os “condenados da necropolítica do sistema” para lutarmos unidos e organizados contra toda e qualquer forma de opressão do capitalismo.
Neste sentido, convidamos todos e todas para importantes manifestações e atos a serem realizados em defesa dos/as movimentos e lutadores/as sociais.
Comitê Anistia Aldo Santos e Camila Alves.
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