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Foto do escritorAldo Santos

A IMPORTÂNCIA DAS JORNADAS DE JUNHO DE 2013



Dez anos se passaram desde o maior movimento de massas que vimos em nossa história recente no país. Em todos os sentidos, junho de 2013 foi um momento único, pela sua forma, pelas suas consequências, mas sobretudo pelo momento em que aconteceu. Os milhões de jovens que tomaram as ruas de todo o Brasil naquele mês tinham reivindicações de todos os tipos, educação, saúde, transporte, cultura, todas estas pautas podiam ser escutadas entre as vozes manifestantes. Em São Paulo, a revogação do aumento de vinte centavos nas tarifas de ônibus foi o mote que orientou todo o movimento e o fez tomar as proporções que tomou, os atos na capital eram imensos, e o ABCDMRR vivenciou este momento de forma ativa. O que não costuma ser lembrado é que, em muitas das sete cidades da região, já se via desde o inicio daquele ano manifestações contra o aumento das passagens, a catraca livre era uma reivindicação que vinha ganhando força, através dos ativistas que estavam à sua frente, os atos de Mauá, Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires chegaram aos ouvidos dos movimentos na capital.


Aldo Santos, Carlos Wellington e Marcelo Reina, participantes ativos daquele movimento, buscaram nessa live resgatar o papel que o ABCDMRR teve na deflagração as jornadas de junho, e ao mesmo tempo se contrapor às narrativas que veem aquele movimento como “o ovo da serpente” ou como mero desdobramento de uma operação de guerra híbrida. Aqui serão colocadas no seu devido lugar, lembrando que seu nascimento se deu pela via do enfretamento ao capital urbano, em especial à máfia dos transportes coletivos, através dos movimentos, partidos e militantes que o puxavam, mas sem cair na negação das contradições que surgiriam no seu decorrer e nos desdobramentos que se deram a partir da entrada de forças reacionárias em seu seio. De qualquer maneira, os erros cometidos pelas forças do campo progressista e das esquerdas em geral não podem servir para nos aliviarmos com explicações rasas, que neguem ou não tenham a capacidade de entender a importância de um evento daquela magnitude em função dos próprios erros ou vacilações, são as ruas afinal a única arena indispensável na luta por uma sociedade de igualdade e realmente livre.


Movimento Estudantil Livre-Enfrente!


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