
Aldo dos Santos***
Fui assistir ao tão comentado e prestigiado filme "Ainda Estou Aqui", com minha filha Maria Irene, meu filho José Vitor Palermo Santos e minhas netas Duda e Gi. Saímos do cinema por volta da zero hora do dia 28/01/2025.
Tinha mais de uma centena de expectadores também assistindo.
O silêncio era total diante das cenas emotivas e impactantes da história. Tinha momentos que a história deles era a nossa, era a minha e de todos e todas que resistiram a esta barbárie que representou a abjeta ditadura militar no Brasil e o sentimento e o choro amargo era incontido.
Ao final, ao acenderem as luzes era perceptível a emoção e a sensação de que não foi uma história do passado, e que este pesadelo ainda nos atormenta. Todavia, estamos no presente e ficamos plasmados como que está dentro das cenas esperando e resistindo as próximas investidas dos nossos algozes de ontem, dos nazifascistas do hoje, sempre com sorriso estampado e com altivez de quem enfrenta e não se sucumbe à necropolitica do sistema.

Ao final, tirando uma foto, saímos sem pressa e sem conseguir esquecer a veracidade das cenas, das marcas que indelevelmente carregamos. A arte é revolucionária e nos instiga reagir e tomar a história na mão diante da opressão do capital, do negacionismo mortal e do necessário pacto premente em defesa da vida, da liberdade, da igualdade de oportunidades e da justa partilha dos bens produzidos.
Vida, lutas, sonhos e histórias que seguem!
Uma noite memorável.
Obrigado Má pelo convite, obrigado Vitor, Duda e Gi pela companhia!
Apesar da violência dos opressores, da vulnerabilidade da vida e da certeza no amanhã do hoje, Ainda(sempre )estaremos aqui!
"A arte existe para que a realidade não nos destrua".(Friedrich Nietzsche)
São Paulo, 29/01/2025
Aldo dos Santos - Militante da Apeoesp e da Aproffib, professor de filosofia, psicanalista e escritor.
Não assisti a este filme ainda, mas Aldo, sim, este período triste da nossa história, de alguma forma marcou a todos e todas que o viveram.